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Terça-Feira, 03 de Junho de 2008 (16 anos atrás) | Tamanho do texto: |
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ONU fixa meta: aumentar comida em 50% até 2030
A Organização das Nações Unidas (ONU) revelou nesta terça-feira sua receita para resolver a crise internacional da produção de alimentos. De acordo com a organização, é necessário aumentar a produção de comida no planeta em 50% até 2030. Sem esse significativo aumento, faltará comida para a população mundial. A meta foi divulgada na manhã desta terça, em Roma, pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que abriu uma histórica conferência para discutir saídas para a crise.
Conforme Ban, os países precisam encarar a crise como uma "oportunidade histórica para revitalizar a agricultura" no mundo. O secretário-geral da ONU defendeu também a quebra de barreiras e restrições ao comércio internacional de alimentos para aliviar a crise enquanto a produção não aumenta. A cúpula foi agendada em decorrência de um salto sem precedentes nos preços de alimentos no planeta -- problema que já provocou tensão e conflitos em diversos países da África e Ásia.
O organismo que organizou a reunião, a agência da ONU para agricultura e alimentação (FAO), alertou os países desenvolvidos para a importância de seu papel na crise -- de acordo com a entidade, as nações ricas podem impedir uma catástrofe global se decidirem derrubar barreiras comerciais, ajudar a aumentar a produção e distribuir mais comida às regiões mais necessitadas. A importação dos alimentos pelos países pobres poderá ficar 40% mais cara só neste ano, alertou a ONU.
Ban, que criou uma força-tarefa para trabalhar numa solução para a crise, diz que as ameaças ao mundo são "óbvias". "Apesar disso, a crise apresenta uma oportunidade. Precisamos responder imediatamente aos preços altos, mas é importante focar no aumento da segurança alimentar mundial." Calcula-se que as recomendações feitas no grupo de trabalho da ONU custarão cerca de 15 bilhões de dólares -- entre as medidas estão estímulos a produtores mais vulneráveis, por exemplo.
O secretário-geral da ONU insistiu na necessidade de evitar intervenções unilaterais para controlar os preços. "Alguns países entraram em ação limitando as exportações e impondo controles de preços. Já disse antes e vou dizer outra vez: essas políticas não funcionam. Elas só distorcem os mercados e provocam aumentos de preço maiores ainda." Diversos chefes de estado e dezenas de delegados dos países estão reunidos em Roma, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fonte: Veja On-line
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